segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Rir - Nunca é o Bastante!!!!

Falar BOM português às vezes é um perigo.

 A mocinha de família se preparou toda para ir ao ensaio de uma escola de samba.

Chegando lá, um cidadão afro descendente (o antigo negão), todo suado, banguela e com a camisa do Framengo, pede pra dançar com ela e para não ser preconceituosa ela aceita.

Mas o cidadão suava tanto que ela já não estava suportando mais!

A moça foi se afastando e disse:
- Você sua, heim?

Ele a puxou, lascou um beijo e respondeu:
- Beleza gata.... excrusive vô sê seu tamém!  É nóis!

(Recebido por e-mail)

PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se for jovem, não tem experiência.
Se for velho, está superado.
Se não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se tiver automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se falar em voz alta, vive gritando.
Se falar em tom normal, ninguém escuta.
Se não falta ao colégio, é um 'Caxias'.
Se precisar faltar, é um 'turista'.
Se conversar com os outros professores, estão 'malhando' os alunos.
Se não conversar, é um desligado.
Se der muita matéria, não tem dó do aluno.
Se der pouca matéria, não prepara os alunos.
Se brincar com a turma, é metido a engraçado.
Se não brinca com a turma, é um chato.
Se chamar a atenção, é um grosso.
Se não chama a atenção, não sabe se impor.
Se a prova é longa, não dá tempo.
Se a prova é curta, tira as chances do aluno.
Se escrever muito, não explica.
Se explicar muito, o caderno não tem nada.
Se falar corretamente, ninguém entende.
Se falar a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se exigir, é rude.
Se elogiar, é debochado.
Se o aluno é reprovado, é perseguição.
Se o aluno é aprovado, deu 'mole'.
 
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui,  agradeça a ele!
 




(Recebi por e-mail - uma amiga)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Mundo Carimbado no Currículo

Sair do país é o sonho de milhares de brasileiros. Mas, esse desejo está muito além de fazer apenas uma viagem. Estudar no exterior é uma realidade cada vez mais presente na vida dos estudantes, sejam eles adolescentes, jovens ou adultos. A percepção de que uma experiência internacional de estudo é valorizada no mercado de trabalho tem feito com que cada vez mais pessoas queiram incluir o intercâmbio no currículo. Ana Paula Furlan Vianna é psicóloga da Fundação Mudes e responsável pelo recrutamento e seleção das empresas da Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo ela, o intercâmbio agrega à pessoa não apenas o domínio do idioma exigido no país escolhido pelo estudante, mas também mudanças no comportamento dele. "Muitas vezes, ele é um aluno mais introvertido, que não gosta de falar muito, e acaba tendo que conviver com pessoas diferentes, de culturas diferentes. Eles aprendem a lidar e conviver com as diferenças, e isso é muito válido", atenta.

Fazer intercâmbio não é garantia de conseguir um bom emprego. Afinal, nada garante que um estudante será melhor profissional que outro só por ter sido intercambista. Mas, hoje, a experiência adquirida nas viagens de estudo ou trabalho no exterior integra uma seleta lista de diferenciais na busca um lugar no mercado de trabalho, da qual também fazem parte ter um diploma de curso superior ou pós-graduação, dominar conhecimentos de informática, ter fluência em pelo menos uma língua estrangeira, saber liderar equipes e trabalhar em grupo, entre outros. "Qualquer que seja a experiência, ela será valorizada no mercado. O intercâmbio é uma delas. Mas, não existe uma solicitação por parte  de empresas de pessoas que tenham estudado ou trabalhado fora do país. Não é um requisito obrigatório mas, quem tem, se diferencia", explica a psicóloga.

Experiência contribui para desenvolver várias habilidades - Não é por acaso que fazer um intercâmbio tende a valorizar um currículo. A vivência fora do país de origem, muitas vezes sem o suporte direto da família e dos amigos, contribui para desenvolver características valorizadas hoje em dia, como flexibilidade, fácil adaptação a mudanças, melhor capacidade de comunicação, fluência maior em outro idioma, entre outras. Tudo isso torna a pessoa mais independente e pró-ativa. Para Leandro Reis, membro da comissão organizadora do Salão do Estudante, um dos mais importantes eventos de intercâmbio da América Latina, só o fato de o aluno passar a ver o Brasil sob um outro ponto de vista já acrescenta profissionalmente. Ele destaca ainda que não há nenhuma área em que um intercâmbio seja mais ou menos importante. "Se a pessoa estuda cinema ou moda no Brasil ela vai adquirir o conhecimento, vai ter seu valor. Mas se ela vai para os Estados Unidos e estuda em uma escola de Nova Iorque, por exemplo, vai ter uma bagagem muito maior, e isso é um grande aprendizado. Isso vale para todas as áreas. De qualquer forma, toda experiência é válida", explica.

Entre os tipos de intercâmbios existentes, alguns contam mais pontos para o currículo. Em geral, segundo o coordenador, os que preveem maior tempo de permanência fora do país e o acesso a um conteúdo mais amplo tendem a ser mais valorizados. "Os um diferencial, mas não têm um peso tão grande como uma graduação completa no exterior, um MBA ou curso de aperfeiçoamento". Ana Paula Furlan compartilha a ideia de que, para aqueles que ainda estão cursando o ensino superior, não há algum programa de intercâmbio ou alguma área em que isso seja mais valorizado do que outra. Segundo ela, mesmo que a pessoa, em vez de estudar, vá para trabalhar, ainda que fora de sua área de formação, a experiência á válida. O que importa é o aprendizado que o estudante adquiriu. "A pessoa volta muito diferente. Mais independente, principalmente. Isso é interessante para um bom profissional. As experiências valem mais, visto que comportamentalmente as pessoas mudam", conclui.

A dica dada por Leandro Reis é que, aqueles que têm a possibilidade de irem estudar em vez de trabalhar, façam essa opção. Mas destaca, também, a bagagem cultural adquirida em um intercâmbio, de um modo geral, independente do programa escolhido pelo estudante. "Viver em um outro país traz um amadurecimento muito grande. O importante é que a pessoa aproveite bastante o tempo que ficar no exterior. Tem gente, por exemplo, que vai estudar fora, mas não quer conhecer a cultura local. Acaba se fechando em um grupo de brasileiros, limitando o conhecimento, o aproveitamento que poderia ter", explica o coordenador do Salão do Estudante. Sem dúvida, uma dica importante para fazer do intercâmbio mais do que uma viagem de férias e permitir que a experiência resulte em algo além de belas fotos em cartões postais.

(Folha Dirigida, 15/02/2011 - Rio de Janeiro RJ - Clipping 16.02.2011 - Karla Vidal)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Entrevista com Wanderley Quêdo, Presidente do Sinpro-Rio




"O professor não tem estímulo no setor privado"
No próximo dia 17, mais um passo da campanha salarial do magistério da rede privada da cidade do Rio será dado. Nesta data, diretores do Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região (Sinpro-Rio) se reúnem com representantes das escolas particulares da cidade para negociações referentes à convenção coletiva deste ano. Será mais uma tentativa de negociações na busca por melhores condições salariais e de trabalho para os profissionais do magistério. Um quadro que, para o professor Wanderley Quêdo, presidente do Sinpro-Rio, não é dos mais favoráveis. Segundo ele, além de os professores da rede privada terem problemas semelhantes aos dos que atuam na rede pública, como, de maneira geral, salários abaixo da média de outras profissões com igual qualificação, ele destaca outras questões que contribuem para tornar mais complicada a situação dos que trabalham no setor privado. Entre estas dificuldades, estão a falta de incentivos para ascensão profissional, como plano de carreira, por exemplo.

"Os professores trabalham excessivamente, tanto na educação infantil, onde temos a dupla jornada, quanto na educação fundamental, ensino médio e educação superior, onde o professor não se basta em uma única escola e trabalha em dois, três colégios, e por aí vai", destaca o sindicalista. Nesta entrevista,  Wanderley Quêdo aborda outras questões como as perspectivas para a negociação das convenções coletivas deste ano para a educação básica e o ensino superior, a situação do profissional do magistério em cada um destes segmentos, dificuldades enfrentadas pelos educadores e as transformações no cenário educacional do estado, em especial, das universidades particulares. São grandes grupos financeiros, que possuem ações na bolsa, que controlam as principais instituições privadas. E as universidades que ainda não estão neste ritmo de se transformarem em Sociedades Anônimas estão se encaminhando para isto", analisa Wanderley Quêdo.

Folha Dirigida - Como está a situação do professor do ponto de vista salarial e das condições de trabalho na educação básica?
Wanderley Quêdo - Do ponto de vista salarial, a situação não é boa. Este é um problema dos professores, de um modo geral. Os pisos da categoria são baixos. Historicamente, essa é uma das grandes lutas do sindicato nas pautas de reivindicação, incluindo o aumento diferenciado para os pisos. Hoje, uma professora de educação básica, que atua no ensino fundamental, por quatro horas diárias de trabalho, ganha R$734,25. Isso para 20 horas semanais. Trata-se de um piso que consideramos muito baixo. Nós temos perseguido nos últimos três anos a política da reposição salarial pelo INPC completo, mais o ganho real. Ainda assim, temos a certeza de que só isso não vai mudar a situação do professorado.

Por que? Há uma estimativa de quantos profissionais, na cidade do Rio, encontram-se nesta situação salarial?
Cerca de 80% da categoria na rede privada do município do Rio de Janeiro trabalha com este piso de R$734,25, exceto o professor do 6º ano até o ensino médio, que ganha R$11,69 a hora/aula. Estes pisos são pagos por 80% das escolas da rede privada do Rio. Portanto, a política de reposição pelo INPC completo, que é um reajuste, mais o ganho real, é uma luta que permanecerá, mas entendemos que depois de 10 anos ela não modificou significativamente esta situação. Por isso, não basta, já que os pisos continuam baixos. Diante disso, é necessária uma política, um olhar e uma luta para que este piso tenha, pelo menos, nos próximos três anos, uma elevação diferenciada para que possamos, no mínimo passar, dos R$1 mil em 50% das escolas, daqui a três anos. Preciso que tenhamos esta compreensão e que esta luta seja abraçada pela categoria.

E no ensino superior? Quais as maiores dificuldades que os professores enfrentam?
O ensino superior já tem uma outra conformidade. Nele, nós temos a grande financeirização do setor privado da educação superior do país. O Rio de Janeiro, que possui uma das maiores redes de escolas do país, até por ter sido capital federal, possui um destaque nesta situação. No último censo, o de 2009, divulgado há poucas semanas pelo MEC, foi constatado que houve um aumento nos últimos anos de quase 50% do ensino a distância, que é um grande problema do ensino superior. A EAD entrou na pauta da educação das instituições de ensino superior privadas não para rincões, situações de difícil acesso não só físicas, mas financeiras ou, por questão de tempo. Este segmento entrou com um objetivo de lucro e de corte de custos.

Como o senhor vê este quadro?
A nossa luta é para que esta educação a distância seja regulamentada, remunerada de forma adequada e que tenha qualidade. Nós não somos contra, mas entendemos que a legislação mínima que existe precisa ser obedecida; que não existe a figura do tutor, mas do professor; que há um limite para estas questões e que tudo isso precisa ser trabalhado adequadamente. A educação superior no Brasil e Rio de Janeiro está financeirizada. São grandes grupos financeiros, que possuem ações na bolsa, que controlam as principais instituições privadas. E as universidades que ainda não estão neste ritmo de se transformarem em Sociedades Anônimas estão se encaminhando para isto. Este quadro gera uma precarização, porque a primeira coisa que as empresas fazem é cortar custos, demitir funcionários, reduzir investimentos, pesquisas, extensão e transformar a aula presencial em aula a distância. Estes são os grandes problemas da educação superior privada, além de que há os pisos irrelevantes ao trabalho, tempo de dedicação e à formação dos professores.

Quais são as reivindicações para o magistério da rede privada?
Nós mantemos as nossas campanhas institucionais. Os professores trabalham excessivamente, tanto na educação infantil, onde temos a dupla jornada, quanto na educação fundamental, ensino médio e educação superior, onde o professor não se basta em uma única escola e trabalha em dois, três colégios, e por aí vai. Professores universitários hoje, mesmo que trabalhem em uma única instituição, dão aula em cinco campi, um distante do outro. É difícil fazer tudo isso, almoçar, estudar, preparar aula e no fim, ainda estar de bem consigo mesmo. Este profissional, que não tem um local de trabalho, mas sim vários e, simultaneamente, vários turnos de trabalho, acaba cronicamente estafado e estressado. A primeira sequela é depressão, a síndrome de burnout, depois vem as outras piores, que levam até o afastamento da categoria da profissão. Não existe carreira docente na educação privada.

Por que o senhor diz isto?
No setor privado, o professor não tem estímulo algum, nem mesmo plano de carreira. Ele entra professor e sai professor. Estas campanhas buscam, então, a desnaturalização e informação da sociedade sobre as condições de vida e de trabalho do professor da educação infantil, básica e superior. O professor tem péssimas condições de vida e precárias condições de trabalho. E o somatório disso se traduz em uma qualidade de ensino muito ruim, e combina com coisas piores, como a violência que permeia a sociedade, que entra na escola e esse profissional sobrecarregado, com um ambiente precarizado, precisa também fazer outras funções, de atender pai, aluno, bancar de psicólogo e tutor. A agressão ao professor é gigantesca e o bullying também. Também temos outras campanhas, como a de unificação das férias dos professores. Como uma cidade que vai receber a Copa, as olimpíadas e outros eventos, pode ter escolas sem um calendário com o início e fim dos anos letivos concomitantes? Quando há qualquer tipo de paralisação por ordem do poder público, o professor é prejudicado. Mas quando isso ocorre, o governo se exime e diz que é um problema privado. Estas são questões fundamentais. É preciso um calendário escolar unificado para ordenar a cidade para receber esses eventos. É melhor sempre prevenir que remediar.

Este ano, o sindicato buscou antecipar as negociações. Por que?
Todos os anos nós acompanhamos sempre a nossa data-base, que é 1º de abril, tanto para a educação superior, quanto para a educação básica. Só que, com a estabilização da moeda, de uns oito anos para cá, as escolas se sentiram confortáveis porque sem o pico inflacionário, verificamos que elas passaram a se planejar com antecedência e a elaborar as planilhas em outubro, em sua maioria. Toda vez que começávamos a negociação, o sindicato patronal colocava um obstáculo, pois a planilha já havia sido fechada. Quando uma escola planeja em outubro a sua planilha, ela cobra a mensalidade reajustada em 1º de janeiro, por isso recebe de 5% a 10% de reajuste já neste mês e só paga o reajuste do professor no dia 1º de abril. Então, ela tem três meses que ela faz um caixa e se recupera de qualquer problema. Com uma economia estabilizada, há previsões muito mais fáceis de serem feitas. Calcular o reajuste dos professores e a reposição salarial deles sempre por baixo, e calcular as mensalidades sempre pelo alto significa o princípio básico da iniciativa privada: o lucro.

Esta linha de atuação partiu do próprio sindicato ou é uma orientação de âmbito mais geral?
Nós somos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores dos Estabelecimentos de Ensino (Contee) e a nossa confederação fez em julho de 2010 o Seminário Nacional que orientou todos os sindicatos de professores da rede privada do Rio a anteciparem para o segundo semestre do ano, as negociações de 2011, até para acompanhar e interferir nestas planilhas. Foi o que fizemos, mas vieram as eleições e um pico na inflação, que retardaram esse processo. No entanto, isso não nos impediu de convocar os professores e avisá-los da antecipação da campanha salarial. Aprovamos em dezembro uma pré-pauta com as linhas gerais da campanha, o que nos deu autorização para em fevereiro retomarmos a negociação do patronato. Com isso, já terá saído o INPC de dezembro, que teve uma pequena queda, e o INPC de janeiro. Assim, teremos condições de nos basearmos em questões concretas. Temos uma paritária marcada para o dia 17 de fevereiro para a educação básica. Em janeiro conversamos com o sindicato patronal para iniciar as negociações para a educação superior.

Nos últimos anos, quais problemas o sindicato tem enfrentado na negociação para a Educação Básica e para o Ensino Superior?
São três grandes desafios. O primeiro foi com a própria categoria. Estamos lutando para a reeducação da categoria, para desnaturalizar as negociações coletivas. A política de reposição salarial correta, INPC completo e mais o ganho real realizada nos últimos anos, deu uma naturalização dos acordos feitos para a educação básica e superior, mas isto se reverteu com a financeirização e mercantilização dos
últimos três anos muito rapidamente. Na educação básica, a política correta já não garante mais uma melhora significativa na qualidade e no padrão de vida deste professor porque, mesmo com os ganhos reais que possam ser de 1% ao ano, para um piso de R$8,16 a hora/aula na educação fundamental e infantil, mesmo que houvesse um aumento de 10% no Rio, nos passaríamos de R$8,16 para R$8,90. Isso não implicaria em um impacto significativo na vida e na qualidade de vida do profissional da educação infantil. Esta política, por si só, já não basta, por isso contamos com a contribuição da categoria, pois precisaremos ter embates mais duros com o patronato, que é insensível em relação aos pisos baixíssimos que contrastam de uma mensalidade muito alta. Das escolas que compõem o quadro daquelas que pagam 20% acima do piso, e até mesmo 50% das escolas da rede privada do Rio, elas cobram, no mínimo, de R$500 a R$1.500 em suas mensalidades, essa é a média. Um aluno já pagaria o salário do professor, dois alunos pagam os encargos sociais dele. Por fim, com cinco alunos, se recupera todos os custos desta escola. Agora, em uma sala de aula, nunca tem cinco alunos. Tem 25, 30 e até mais.

Quais os outros desafios para a negociação?
Outro desafio é desfazer mitos que a sociedade possui. Os pais acreditam que o professor tenha três meses de férias, o que não é verdade. Em grande parte do tempo em que os alunos estão de férias, o professor está na escola. A sociedade precisa ter a consciência de que o professor trabalha em mais de uma escola e é superexplorado. Como os pais também pagam mensalidades altas, acham que o professor ganha bem. Até uma diarista hoje, por mais precarizado que seja o trabalho dela, ganha mais que uma professora formada. Com todo respeito às diaristas, pois elas tem mais que cobrar e exigir um trabalho regularizado. Os nossos grandes desafios são com o próprio professor, outro com o patronato, e em terceiro, com a sociedade.

Em 2011, o Sinpro-Rio comemora 80 anos de existência. Poderia nos fazer um balanço das contribuições e conquistas alcançadas pelo sindicato nestas oito décadas?

As primeiras conquistas feitas por este sindicato são as suas convenções coletivas de trabalho históricas, que são referências para o país. Por isso, a categoria não pode, de forma alguma, afastar-se do sindicato. Ela tem que estar nas assembleias, atos públicos e estar preparada para até mesmo paralisações e greves. A categoria tem que defender o seu patrimônio, que é o seu sindicato, as suas convenções coletivas de trabalho e a defesa da escola pública. São seus 25 mil associados que convocamos para participar da luta. Nosso interesse é recompor, na categoria, uma nova geração de professores. Temos também que preparar o sindicatos para as modificações no mundo do trabalho, a EAD por exemplo, é uma realidade e precisamos saber utilizá-la.

(Folha Dirigida, 08/02/2011 - Rio de Janeiro RJ - Michelle Bento - Clipping 09.02.2011)